Publicado em: 26/04/2022 15:09:30
Saúde do Servidor
A Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) da Pró-Reitoria de Administração (PRAD) da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) por meio de sua equipe de apoio a Saúde do Servidor promove, no dia 27 de abril, às 14h, o webinário "Autismo: entender, amar e incluir", com transmissão ao vivo pelo canal oficial da DGP no YouTube, o evento é direcionado a toda a comunidade acadêmica e administrativa da UNIR e demais interessados no assunto, que poderão participar ativamente com perguntas por meio do chat que estará aberto para os registros.
O evento integra as ações do "Programa UNIR+Saúde", que objetiva entre outros aspectos estabelecer diálogo com os servidores visando a melhora da qualidade de vida destes. Este encontro em especial será apresentado pelo Diretor do campus de Vilhena, Professor Dr. Claudemir da Silva Paula e visa sensibilizar a sociedade sobre o tema e combater o preconceito contra essas pessoas e para essa discussão contaremos com a participação das especialistas Paula Tombesi Gadonski e Silvia Thomaz que serão mediadas pela servidora técnica-administrativa Roseli da Silva, que atua na DGP como técnica em enfermagem.
É importante destacar que a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu todo 2 de abril como sendo o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, cabendo ao mês inteiro a proposta de disseminar informação e dar visibilidade ao tema. Ainda segundo a ONU, acredita-se haver mais de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. A incidência em meninos é maior, tendo uma relação de quatro meninos para uma menina com autismo, sendo esta a razão da escolha da cor azul para sinalizar a campanha. O símbolo oficial do autismo é o quebra-cabeça, que denota sua diversidade e complexidade.
Algumas informações importantes:
O que é?
O autismo tem como nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) — é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos). Não há só um, mas muitos subtipos do transtorno e por isso tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de suporte que necessitam — há desde pessoas com outras doenças e condições associadas (coocorrências), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas já adultas e independentes que nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.
Quais as causas?
As causas do autismo são majoritariamente genéticas. Confirmando estudos anteriores, o mais recente trabalho científico concluído sobre o tema* demonstrou que fatores genéticos são os mais importantes na determinação das causas (estimados entre 97% e 99%, sendo 81% hereditário), além de fatores ambientais (de 1% a 3% das causas) ainda controversos, que também podem estar associados como, por exemplo, a idade paterna avançada ou o uso de ácido valpróico na gravidez.
Quais os sinais?
Alguns sinais de autismo podem aparecer a partir de um ano e meio de idade, até mesmo antes em casos mais graves. Veja abaixo alguns sinais mais comuns:
Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
Não atender quando chamado pelo nome;
Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
Alinhar objetos;
Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;
Não brincar com brinquedos de forma convencional;
Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
Girar objetos sem uma função aparente;
Interesse restrito por um único assunto (hiperfoco);
Não imitar;
Não brincar de faz-de-conta;
Hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.
Quais os tratamentos?
O autismo é um transtorno crônico mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar. Envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. É altamente recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual a outra.
Fontes:
Conselho Nacional de Saúde - CNS - http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2011/01_abr_autismo.html
Canal do autismo - https://www.canalautismo.com.br/
Biblioteca Virtual em Saúde – BVS - https://bvsms.saude.gov.br/02-4-dia-mundial-de-conscientizacao-sobre-o-autismo/
*Bai D, Yip BHK, Windham GC, et al. Association of Genetic and Environmental Factors With Autism in a 5-Country Cohort. JAMA Psychiatry. 2019;76(10):1035–1043. doi:10.1001/jamapsychiatry.2019.1411
Para participar clique no link: https://youtu.be/1zPFJrw5eog
Fonte: DGP